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quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

História: O curso dos sonhos (com João Pedro)



João Pedro Lopes de Lima é aluno da Escola de Educação Profissional de Crateús (CREDE 13), iniciará o 3º Ano de Técnico em Comércio a partir de 30/01/2014. No Sisu deste ano foi aprovado no curso de História da Universidade Federal do Ceará.

Eu Curto: O que mais te marcou no ensino médio?
João Pedro: Muitas coisas me marcaram. Uma delas foi a formação integral, aliando o eixo regular com o profissional, com o decorrer do tempo fui desenvolvendo a minha criticidade, reconhecendo meus direitos e deveres e a formando minha maturidade que não havia formado no Ensino Fundamental.

Eu Curto: Faça um breve relato sobre sua escola.  
João Pedro: A minha escola, a EEEP Manoel Mano de Crateús é uma instituição de ensino que vem somando resultados junto a seus alunos. Os professores desenvolvem não somente uma relação profissional, mas também afetiva devido ao fato de passarmos o dia todo na escola. Sempre fui comunicativo com a turma, mas gostava de ficar um pouco mais restrito ao meu ‘grupo’. (risos)

Eu Curto: Quem mais te incentivou a entrar para o curso?
João Pedro: Desde pequeno sempre quis ser professor e a disciplina que mais gosto é História e Sociologia. Mas o que se observa na contemporaneidade brasileira é uma inversão de valores: os políticos recebem salários ‘abastados’ enquanto profissionais como professores e policiais são remunerados de forma relativamente baixa. Puxando aqui um pouquinho para classe dos professores, há ainda a própria desvalorização dos profissionais entre si e o desrespeito dos alunos, que não são mais os mesmos de antigamente. Então resolvi optar pelo Bacharelado ao invés da Licenciatura, já que deve haver mais pesquisas científicas e produção de artigos. Entretanto, isso não impede que eu escolha a Licenciatura que também é muito importante.

Eu Curto: O que seus familiares acham do curso que escolheu?
João Pedro: A minha mãe sempre achava que desde pequeno eu iria me ‘formar’ em algum curso relacionado a Educação. E ela se surpreendeu quando escolhi História, já que sempre fui muito bom em cálculos, mas mesmo assim ela adorou tudo. O que preocupou, no entanto é que na cidade onde moramos (Crateús) que é o único que possui curso de História, segundo boatos nunca chega a fechar uma turma, aí acaba não funcionando. Porém, a minha mãe tem me incentivado a estudar bastante para que eu consiga uma vaga na UFC, e se possível uma vaga nas residências universitárias e alguma bolsa de monitoria, já que se eu não conseguir nenhum dos dois, não poderei realizar o meu curso dos sonhos.

Eu Curto: Qual a importância do Eu Curto a Universidade na sua vida acadêmica?
João Pedro: Sabe, é um grupo que sempre está ali incentivando os jovens do Ceará a estudar, estudar e estudar para atingirem os seus objetivos. No meu caso, desde a formação de articuladores de células estudantis na CREDE 13 até hoje mesmo. Sempre instruindo os estudantes com dicas de estudos, o que fazer nas suas células, informando os dias de enviar relatórios, etc. E fizeram com que acreditasse que é possível realizar sonhos.

Eu Curto: Qual a importância da sua célula de estudo para o seu resultado?
João Pedro: Embora tenha sido poucos momentos, estes momentos foram fundamentais. Todos da minha célula eram do 2º Ano e iríamos fazer o ENEM. No entanto, compartilhávamos nossas angústias, sonhos, frustrações novas metas para 2014, já que apenas estávamos fazendo por treino.

Eu Curto: Qual a sensação de entrar para a universidade?

João Pedro: É difícil de descrever. Foi uma alegria muito grande com o sentimento de ‘conformismo’ em saber que não poderia cursar, devido a distância. Mas mesmo assim carrego a experiência vivida na bagagem para reviver tudo isso na transição de 2014 para 2015. A minha mãe, que sempre teve orgulho de mim, ficou ainda mais orgulhosa. Sabe, aquela sensação de dever cumprido? Parecia estampada na cara dela. Parentes que não (ou nunca) falavam comigo ou demonstravam atenção, parabenizaram-me. Sinto apenas uma leve ousadia e um receio preponderado para 2014, já que a tendência é que o ENEM com o passar dos tempos fique mais difícil, e desde já estou estudando.

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